Efeito Mordida

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No dia 24 de junho desse ano que segue, o famigerado Luis Suarez mordia o bom moço Chiellini, o bocão da imprensa, do povão, da torcida, de italianos e uruguaios se abriam para questionar o ato do atacante. Dias depois o uruguaio sofreu uma rígida punição não só de jogos com a seleção, mas também no clube, causando um certo espanto e até respeito a atitude da comissão diciplinar da FIFA.  Desde então o acontecimento influenciou nas decisões do STJD (mais ou menos).

Acabou o mundial, levaram o glamour da FIFA e dos holofotes, e voltou o Brasileirão, os jogos pegados, as táticas inspiradas no estilo de jogo alemão, os técnicos Van Ghaals da vida e as punições aos jogadores. Já faz muito tempo que que uma partida de futebol é vista por todos e de todos os ângulos, faz alguns anos também que muita gente vem se especializando na leitura labial, mas a causa/efeito da mordida de Luisito tem sido usada como um exemplo a de fato se seguir pelo superior tribunal de justiça desportiva.

Os senhores da justiça desportiva tem olhado com mais atenção aos lances mais “estranhos” das partidas, tem visto as situações que antes não eram tratadas da forma que deveriam e até visto algumas que a alguns meses atrás não seriam nem vistas, vamos aos exemplos: O primeiro deles, o esbarram de Petros do Corinthians no árbitro, o jogador não sofreu nenhuma punição no jogo e posteriormente foi punido em 6 meses fora dos campos, depois foi a vez de um clube ser punido, torcedores do Grêmio fizeram gestos racistas para o goleiro Aranha do Santos e dias depois o time foi excluído da Copa do Brasil, competição que os times se enfrentaram quando aconteceu o caso. E o último caso polêmico foi as declarações de Emerson Sheik do Botafogo, que logo ao sair de campo depois de ser expulso da partida contra o Bahia, foi até uma câmera de TV e disse que a CBF é uma vergonha, e agora corre risco de punição pelo STJD.

Tudo bem, os três casos são diferentes, e as analises tem que ser realizadas de modo diferente também, mas tudo isso se junta aos problemas de erros de arbitragens frequentes, protestos da torcida do Coritiba sendo velados, desequilíbrio constante de cartolas. Tudo isso é resultado do descontrole que existe no futebol brasileiro, de entidades que não conseguem se impor, onde tudo é dado um ‘jeitinho’, afinal bem ou mal, a sentença de Petros foi revogada e pouco depois de um mês o jogador que tinha pego um gancho de 6 meses já está de volta aos gramados, como levar a sério atitudes como essa?

Os jogadores estão em militância por seus direitos há cerca de um ano, temporadas mais enxutas, direitos de transmissão entre outras reivindicações estão em pauta, CBF e STJD parecem ter ficados acuados, como quando o povo consegue entender a importância de ter o governo nas suas mãos e dessa forma tentando consertar é que vemos que o problema bem maior do que a gente imagina.

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Rony Costa

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