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Não se apega, não!

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Sim. Eu sei que falar é mais fácil do que fazer. Desapegar-se é algo absurdamente difícil. Seja daquele top lindo que não te serve mais desde que você ganhou peitos, daquela sandália que tá com uma corrente quebrada, mas que deixava suas pernas maiores, daquele amigo que você só troca o velho ‘oi, tudo bem?’, mas que você conhece há tanto tempo que é difícil se desligar da ‘amizade’ ou daquela namorado fofo que todo mundo diz que vocês formam o ‘casal perfeito’ quando você não sente isso, mas quer salvar a relação.

Calma, amiga! Não se desespere. A Isabela Freitas vai te ajudar.

Passo um: corra e compre (peça emprestado, alugue) esse livro.

Passo dois: devore-o. Não, não vai ser uma tarefa difícil.

O livro é bem fácil de ler, com uma linguagem cotidiana e CHEIO de referências e situações que você COM CERTEZA passou em algum momento da sua vida. Isabela vê sua rotina virar de cabeça pra baixo quando decide terminar um relacionamento com o cara que segundo TODO O MUNDO, era seu par ideal.

Acostumada a trocar de namorado (e de amor!) como quem troca de roupa (às vezes é mais difícil desapegar da roupa), Isa é a típica garota complexada que não consegue ficar sozinha um dia sequer! Aquele conhecido desejo de se sentir amada, de ser o centro da vida de alguém, de viver um conto de fadas com um príncipe encantado. Se você se identifica com alguma dessas vontades, você TEM que ler esse livro.

Com um humor ácido, mas gostoso, a história de Isa se mescla com a de leitora de uma forma incrível. Houve momentos em que me perguntei ‘Por quê eu não escrevi esse livro?’.

A história da menina que precisa de um tempo sozinha para se redescobrir, da menina que precisa cometer seus próprios erros para acertar e que precisa se perder para encontrar seu caminho, vai te conquistar. Entre amizades, amores, e desapego, Isabela Freitas conseguiu colocar um coração partido e uma mente confusa no papel. E funcionou muito bem! Para deixar vocês no gostinho, eu vou colocar as 20 regras do desapego que a autora faz no começo no livro. Enjoy! 😉

” 1. Odiar as pessoas não leva a nada. O ódio corrói nosso coração e o deixa fraco para receber amor.

2.  Fingir que sou insensível e que não me importo não funciona. Eu me importo, sim. E eu choro muito também. E que se dane o que as pessoas pensam disso.

3. Não adianta tentar seguras as pessoas na nossa vida. Se elas precisam ir, deixe que se vão. O que for de verdade, volta. Se você vai querer de volta, bem, isso a gente não tem como saber, né?

4. Mudar as pessoas não é algo que esteja ao seu alcance. As pessoas só mudam quando querem mudar. E, geralmente, elas não querem.

5. Fugir das coisas não me livra delas. Só agenda o sofrimento mais para frente.

6. As pessoas são falsas, e sempre que tiverem uma oportunidade vão te apunhalar pelas costas. Pelo menos grande parte delas. É que ser verdadeiro é muito difícil.

7. Amigo de verdade é raro e 90% daqueles que você considera seus ‘amigos’ são apenas morcegos sugadores de felicidade.

8. Os homens não são todos iguais. Alguns apenas ainda não amadureceram, assim como as mulheres.

9. O amor não é brega. Brega são os que não dão uma chance ao amor.

10. Desistir do outro não é fracassar. É ter consciência de que algumas pessoas simplesmente não valem o seu esforço. Se não há reciprocidade não é amor. É insistência.

11. A saudade é a urgência de amar.

12. A maioria não está sempre certa. Às vezes a perfeição jaz na exceção.

13. Sorrisos são sempre bem-vindos. Mesmo que dados por um desconhecido na rua.

14. O mundo gira. Nenhuma tristeza é tão eterna que não deixe um espacinho para felicidade.

15. Cair de cara no chão é normal. O difícil é saber se reerguer com um sorriso no rosto.

16. Quem é inteiro não precisa procurar pela sua metade.

17. Deixar o passado no passado é realmente muito difícil. Mas precisamos disso para seguir em frente.

18. Eu não preciso ser a ‘única’ de ninguém. Preciso ser a única de mim.

19. É preciso acreditar nas pessoas, mesmo quando nem elas mesmas acreditam.

20. Ter a urgência de ser feliz te impede de ser realmente feliz. Deixe que a vida aconteça, porque ela acontece quando estamos distraídos demais para planejá-la…”

 

@_amandagaldino

 

 

Opinião sobre “A Menina que Roubava Livros”

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A roubadora de livros, era assim que a morte chamava Liesel Meminger, isso mesmo, a morte, esse fato misteriosoImage e assombroso da vida de todos é a narradora da história, já é um primeiro motivo interessante para ler ‘A Menina que roubava livros’. O romance não é muito complexo, é a visão de uma menina que cresceu sob uma guerra a qual não entendia, que simplesmente se realizava em ter para si livros roubados.

“¨Eis um pequeno fato¨ Você vai morrer.”

Mas antes de ser a roubadora de livros Liesel tinha uma mãe e um irmão que morrerá diante dela, o que a levaria a roubar seu primeiro livro, o manual do coveiro, depois fora adotada pelo homem mais gentil do mundo, o qual a ensinou a ler, ela também conheceria  Rudy Steiner, seu melhor amigo, o amor da vida dela, e depois a pessoa mais marcante de sua vida, Max, o lutador judeu, isso é o bastante para falar de Liesel.

“-Está com fome? – perguntou Rudy. 

-Faminta – fez Liesel. Por um livro.”

” A menina que roubava livros” é uma das coisas mais poéticas e bonitas dos últimos anos. Markus Zusak  é direto e sem guardar segredos como seria a morte, o livro é fascinante, Liesel Meminger pode tomar qualquer um de assalto e levar pra se sentir um pouco como ela, a menina que aprendeu a ler e depois e em pouco tempo nos contou uma história emocionante.

“Odiei as palavras e as ameis, e espero tê-las usado direito.”

Rony Costa

Especial: Livros Infantis

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O dia das crianças passou! E todo mundo comemorou, brincou, deu liberdade à criança dentro de si. Outro não fizeram nada, passaram o dia dormindo (eu) porque pra quem tem alma de criança, todo dia é nosso dia. Anyway, como somos crianças inteligentes e cultas, o meu especial do dia das crianças vai falar sobre os 3 melhores livros infantis (na minha humilde opinião) que não são exatamente feitos para crianças se você for analisá-los a fundo.

3º Lugar (sinto que vou ser crucificada, mas como eu disse, é MINHA opinião)

Alice no País das Maravilhas.

Ainda é um mistério a real mensagem que Lewis Carroll quis passar nesse livro. Para as crianças, ele é visto como a fantástica história de Alice, uma garota que caí em um mundo mágico e vive aventurar grandiosas sendo abordada por personagens cada vez mais peculiares em suas particularidades.
Para outros com a visão além do alcance, Alice pode ser uma representação dos efeitos de alucinógenos. Há quem diga que tudo ali representa uma ‘viagem’ causada pelos mais variados tipos de drogas, os teóricos de conspiração acham até o que cházinho da Alice era de uma outra erva natural.
Pra toda causa e efeito, é impossível negar a grandiosidade da obra como um todo. Independente da mensagem que o autor quis transmitir, o que o leitor retira é sempre bom pra ele, seja este criança ou adulto.

 

 

 

2º Lugar

Pollyanna.

Eleanor H. Porter não poderia ter sido mais brilhante em sua narrativa. Pollyanna é uma garota que passou a sua vida em uma casa de freiras com seu pai, quando este vem a falecer, ela é mandada para morar com uma tia distante que vive em uma pacata cidade. Esta tia porém, nada conhece além de amargura, é uma senhora reservada que não acredita no lado bom das pessoas. Muito rica e influente em sua cidade, pretende mudar os hábitos de Pollyanna e transformá-la em uma verdadeira dama.
Mas quem sofre a transformação é tia Paulina.
Pollyanna em sua simplicidade, vai mostrar não apenas a sua tia, como a toda uma cidade, o que a positividade é capaz de fazer na vida de uma pessoa. É impossível não se apaixonar pela meiga e gentil menina e é mais impossível ainda não ser pega pelo ‘Jogo do Contente’, um jogo proposto pela personagem que trás consigo uma história emocionante.
Não apenas para crianças, Eleanor consegue ir além e atingir os mais rígidos corações com sua história comovente e cheia de cenas que fazem nossos olhos brilharem.
O livro tem uma sequência: Pollyanna Moça, tão maravilhoso quanto seu antecessor, o que só garante ainda mais o privilegiado segundo lugar.

 

1º Lugar

O pequeno príncipe.

Creio eu, que seja impossível falar sobre livros infantis marcantes sem citar um clássico desse porte. O Pequeno Príncipe passou de livro infantil para referência mundial atingindo milhões de leitores ao redor do planeta.
A história do principezinho que deixa seu pequeno planeta B612 e sua amada rosa para viajar e conhecer outros mundos encantou e encanta cada vez mais pessoas.
Não há como não se emocionar, não se sentir tocado e não se apaixonar pelo pequeno homem que tanto aprendeu e tanto nos ensinou durante sua jornada. O texto de Antoine de Saint-Exupéry é tão fantástico que consegue atingir pessoas de todas as idades e de todos os lugares.
A dualidade nele é tão grande que pode ser lido da forma mais simples por uma criança ao mesmo tempo que pode sustentar uma tese filosófica por trás de seus ditos.
Quem leu O Pequeno Príncipe sabe todas as lições que podemos extrair do conto que modificou gerações e cativou minuciosamente cada um de seus leitores.
Por tudo isso e por muito mais, ele ganhou aqui, no meu ponto de vista, o merecido primeiro lugar.

 

Amanda Galdino

(@_amandagaldino)

100 Escovadas antes de ir pra cama.

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Quando eu assisti pela primeira vez o filme, eu pensei: ‘Gente, mas isso é praticamente um filme erótico!’
Mas o engraçado é que por mais que soasse apelativo, eu ainda gostei da história. Alguns pontos interessantes interligavam-se entre si e no final deu pra entender um pouco do porquê da personagem agir como agia, visto que ela tinha seus determinados conflitos existenciais para tal.
Ai eu pensei: ‘Bacana, então o livro deve ser melhor. Deve explicar ainda mais esses conflitos que a protagonista sofre.’

Doce ilusão.

É incrível dizer que o filme é muito superior ao livro, mas é a mais pura verdade. Se enquanto o filme tenta ser o menos direto nas cenas sexuais, o livro é escrachado muitas vezes soando como um simples conto pornô.
Se no filme, tiveram o trabalho de tentar elaborar algo que fizesse com que a personagem fosse mais complexa ou que pudesse mesmo que parcialmente explicar seu comportamento até certo ponto doentio, o livro não fez nada disso.

Melissa Panarello me decepcionou. Sua escrita, um tanto quanto medíocre, é simplista e narra os fatos diretamente sem causar nenhum prazer ao leitor. Nem mesmo chega ao ponto de ter aquela sensualidade que muitas vezes faz o leitor se envolver na trama. É puramente sexual, em seus termos pejorativos.

O livro é como um diário, que conta a vida de Melissa, uma garota italiana de 16 anos que entediada com a vida, depois de uma decepção amorosa, se torna amarga e passa a desacreditar no amor. Até aí, tudo bem. Mas a coisa fica tensa quando ela começa a transar com qualquer pessoa que apareça na frente dela, e eu não estou exagerando. É qualquer pessoa MESMO.
Homem, mulher, casado, solteiro, velho, novo, conhecido, estranho, vários ao mesmo tempo. E a narrativa é somente isso.  Melissa narrando experiências sexuais. Com um linguajar um tanto vulgar, a história se perde na falta de um ápice, de uma contextualização coerente e na ausência de pontos que interliguem os acontecimentos.
Por vezes, o livro é confuso, apresentando um personagem para em seguida sumir com o mesmo sem a menor explicação de como ou porquê ele saiu da história.

A protagonista é tão chata, que nem sentimos vontade de torcer para que ela seja feliz no final. E assim como todo o livro, o final dela também vem sem pé nem cabeça. A autora finaliza o livro de forma tão medíocre quanto a própria história em si, acreditando talvez, que aquilo vá de alguma forma, satisfazer seus leitores.

A grande verdade é: O livro é ruim. Muito ruim.
Se você quiser ler uma  história sensual, procure outro livro. Se você quiser ler um conto pornô… Ainda assim é melhor procurar um de verdade, porque por vezes a história fica tão chata que nem mesmo uma reação excitada seria possível.

Amanda Galdino

(@_amandagaldino)

Hell – Paris 75016

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“Eu sou uma putinha. Daquelas mais insuportáveis; da pior espécie. Meu credo: seja bela e consumista.”

Quando eu vi essa frase na contracapa do livro eu pensei: ‘Já vi tudo, vai ser só pornografia!’
E realmente eu estava certa. Mas sabe aquele tipo de ‘pornografia’ jogada na sua cara em que o personagem mal se importa em falar ou fazer coisas que causariam um impacto absurdo na sociedade? Hell é assim.

Eu já havia tido interesse em ler o livro, então quando o tive finalmente em mãos, não deu em outra: devorei-o rapidamente. E me apaixonei.
Falar que Hell retrata a vida superficial e a conduta frívola de uma patricinha Pariense entre festas, drogas e sexo, é trivial demais e faz o livro ser desfavorecido. Hell vai além.

Enquanto na narrativa a personagem fala com o leitor ‘passando na cara’ sua superioridade diante do mesmo dentro de uma sociedade que limita a importância do indivíduo de acordo com seu capital, Hell nos mostra um mundo que quebra os parâmetros do ‘sonho’ construído diante da máscara usada por aqueles de nível social elevado.

Se por fora vemos jóias, roupas de marca, carros fantásticos e sentimos inveja enquanto eles se esbaldam em restaurantes caros e festas VIPS, mas o que acontece dentro desses locais e dentro dessas pessoas nós nunca sabemos exatamente, mas Hell vem nos dizer.

Ela vem expor o modo supérfluo de vida da alta sociedade, vem nos levar a um maior entendimento do que está por detrás dos sorrisos perfeitamente mascarados por artigos de luxo, vem nos mostrar a realidade do interior das pessoas.

O constante embate pessoal da personagem com sua consciência enquanto ela beira sua sanidade entre ser o que a sociedade lhe exige e ser o que seu interior lhe pede é o ponto crucial para tirar Hell da categoria de livro trivial.
Se por um lado ela usa e abusa de artifícios materiais e vive de forma limitada entre festas, drogas e sexo com pessoas que ela despreza, por outro lado ela tem consciência de que aquilo que a cerca é altamente trivial e desnecessário para a felicidade de uma pessoa.

Isso entra em ênfase quando a personagem se apaixona por alguém do seu meio social que tem as mesmas convicções interiores que ela. Então Hell entra no conflito de viver seu amor longe das depreciações desse mundo ou manter a postura de menina rica que sempre levara com si.
Esse é o auge do livro, onde perceberemos se Hell se tornou um produto do seu meio ou se sua verdadeira face será definitivamente mostrada ao mundo.

A leitura é rápida e devido aos inúmeros acontecimentos quase instantâneos, a escrita da Lolita Pille se torna simples, mesmo não o sendo exatamente. A autora toma muito cuidado com as palavras e usa de termos por vezes pejorativos para depois jogar intelectualidade sobre nós. Tudo em reflexo do que a personagem central passa ser.

É um livro que eu, particularmente, recomendo muito. E peço para que não deixem o ‘enredo’ enganar, porque de superficial, Hell não tem absolutamente nada.

Amanda Galdino

(@_amandagaldino)

Antes que eu vá.

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Quando eu vi esse livro, foi aquele mesmo sentimento de : Eu tenho que lê-lo.

Demorei muito tempo a consegui-lo, mesmo que em ebook e após procurar e procurar, consegui baixá-lo e fui ler. Diferente de Cilada, que eu citei anteriormente, eu não me decepcionei com o livro.
Confesso que inicialmente tive um pequeno problema em me adaptar, porque a escrita da Lauren é simplista, e como a história é de adolescente, vez ou outra acabei por achar superficial demais em alguns pontos. Porém, vamos começar do começo.

Samantha Kingston é uma adolescente que tem tudo. É popular, tem o namorado mais cobiçado, as amigas mais populares, é convidada para todas as festas, enfim… Tem a vida perfeita de uma estudante de colegial, bem tipicamente americana.
Mas tudo muda quando ela morre em um acidente de carro.

É então que a história começa.

Quando Sam acorda no que deveria ser sábado após sonhar que morreu, ela percebe que ainda é sexta, o dia da sua suposta morte e tudo começa a acontecer exatamente como havia sido no dia anterior, ou no seu sonho, que é o que ela acredita inicialmente.
Mas quando ela percebe que está presa na sexta-feira, e consequentemente no dia da sua morte, Sam nota que algo está errado e que para que ela possa sair desse círculo, ela precisa consertar algo em seu dia.

É assim que a história decorre. Enquanto Sam revive o mesmo dia diariamente, ela começa a descobrir mais sobre si mesma, sobre seus supostos amigos e namorado, e sobre as pessoas que a cercam. Com uma pitada de comédia teen, romances bonitinhos e amizades verdadeiras, o livro Antes que eu vá, saí da bobagem inicialmente adolescente e começa a adentrar um mundo psicológico, onde podemos acompanhar passo a passo a mudança que a protagonista sofre quando passa a compreender melhor as coisas ao seu redor.

O livro nos ensina muito sobre o dom de perdoar a si mesmo e aos outros, a se redimir dos seus erros e a atingir outro nível de compreensão do que é ser uma pessoa melhor.

A leitura é leve e simples, do tipo de livro pra se ler de tarde e derramar algumas lágrimas quando você termina.

Eu recomendo! (y)

 

 

PS: Antes que eu vá, da autora Lauren Oliver, foi lançado no Brasil pela Editora Intríseca.

Paulo Coelho e outras coisas mais sobre Literatura.

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Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de compor ou estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; a carreira das letras.

Wikipédia

Eu sempre fui fã de Paulo Coelho, e por mais que critiquem suas obras ou sua qualidade em quesito de escrita, não me nego a ler e reler seus livros que realmente me inspiraram. Confesso também que achei que suas obras vem decaindo de qualidade com o passar dos anos, particularmente nunca trocaria Verônika decide morrer ou Onze minutos por O Zahir ou a A bruxa de Portobello, mas assim como eu gosto do trabalho dele, outras pessoas gostam e devem discordar disso. De qualquer forma, o que vem ao caso é que eu não consigo lidar e aceitar com a desvalorização que o trabalho dele sofre por alguns.

Recordo-me que o primeiro livro que eu li dele foi Brida e mesmo que este não seja hoje um dos meus preferidos, lembro-me que ele me marcou e eu o achei fantástico. Por continuar a lê-lo e admirá-lo, sempre fui contra as críticas que deterioravam sua forma de escrita ou que rebaixavam seu trabalho (e diga-se de passagem, como de hábito do ser humano, muitos que julgavam sem conhecer).

Reconheço que minha surpresa foi grande, mas não negativamente como a maioria, quando ele foi aceito na Academia Brasileira de Letras. Sei que a política da Instituição é não agregar autores ditos como ‘populares’ e que diante da grande massa atingida por Paulo Coelho, ele estava dentro da proposta dita como ‘popular’, mas acredito que chegamos a um ponto social onde a Literatura vai além do pré-imposto em tempos remotos.

Atingimos outro nível ‘intelectual’ e pasmem e reclamem, mas vivemos em um mundo onde as ‘novas mentes’ leem Crepúsculo ao invés de Machado de Assis. É uma questão de adaptação.

Ninguém pede que você deixe de gostar de Mario Quintana e vá ler Percy Jackson, mas da mesma forma que você teve sua formação intelectual e ninguém te obrigou a ir contra isso, não podemos exigir que outros o façam. E não adianta usar do argumento de ‘o que eu lia era melhor’ porque é questão de gosto pessoal e nada mais que isso.

Nos dias atuais, a Literatura atingiu outro nível. A propagação da leitura foi mais fincada dentro da sociedade, mesmo que para alguns tenha sido por motivos ‘piores’. Hoje, a Fantasia é tão lida e reconhecida quanto Poesia e/ou Crônicas e ainda assim trata-se de uma forma de Literatura, na sua forma mais simples.

Particularmente, não me importa o que você leia, contato que leia. Que exercite a mente, que deixe a criatividade rolar solta, que alimente o cérebro com algo além de TV.
Então que seja Paulo Coelho, Vinícius de Moraes, J.K. Rowling ou Álvares de Azevedo.

Não se recrimine pelo o que lê, apenas leia.
Desliga a TV e vai ler um livro!

Amanda Galdino

( @_amandagaldino )

Cilada – Harlan Coben

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Sabe aqueles livros que você não sabe porque, mas quando bate o olho quer lê-lo? Foi assim com esse livro.
Havia gostado da capa dele e sempre ouvia falar de Harlan Coben então lá fui eu em mais uma empreitada na busca pelo livro. Como eu leio MUITO e tenho POUCO dinheiro, a solução é Ebooks da vida, fucei, achei, baixei e li.

Quem me conhece sabe que eu adoro mistérios policiais, assassinatos, julgamentos e o jogo de ‘descubra quem é o assassino’. Vi no resumo que se tratava de algo assim e fui ler, meio despretenciosamente, e gostei bastante.

Wendy Tynes é uma repórter que tem  um programa onde pedófilos são desmascarado, Dan Mercer é um assistente social e Haley McWaid é uma garota de 17 anos com um histórico exemplar na bagagem.

A forma como a história de vida dessas três pessoas é interligada é incrível.  Enquanto em um ponto da cidade Wendy pega Dan em uma cilada levando-o a conhecimento público como pedófilo, Haley desaparece misteriosamente de sua casa.
A partir daí começa um grande jogo de ‘pega-pega’ e quando Dan é inocentado, um membro da sociedade resolve fazer justiça com as próprias mãos matando-o bem diante dos olhos de Wendy, mas não antes que Dan tentasse se justificar e provar sua inocência pra repórter.

Depois disso, com peso na consciência e temendo ser a responsável de uma grande injustiça que pôs fim a vida de um inocente, Wendy resolve fazer uma pesquisa completa sobre o passado de Dan e acaba por descobrir bem mais do que jamais imaginaria.
Envolvendo-se em uma grande teia de mentiras, Wendy vai conhecer pessoas que passaram por situações relativamente semelhantes a de Dan.

O ponto positivo sobre Harlan Coben é que sua escrita é limpa e tem muito diálogos. Do tipo de livro pra se ler em uma tarde, porque é uma leitura bem rápida.
O ponto negativo é que ele cria um emaranhado de acontecimentos nos fazendo crer que tudo era parte de algo muito maior, mas acaba decepcionando no final.
A forma como ele encerra o livro é fraca, do tipo ‘tapa buraco’ e o que me deixou mais irritada (que foi o mesmo caso do seriado The Killing) é o que Haley representava na história (que eu não posso dizer porque todos sabem que eu sou contra spoiler).

Estou lendo outro livro do Corben e gosto dos mistérios que envolvem a escrita dele, só espero que esse livro que estou lendo agora (Não conte a ninguém) tenha um final melhor.
De qualquer forma, pra que é curioso e gosta da temática, Cilada é um bom livro. =)

 

Amanda Galdino

( @_amandagaldino )

Midnigthers

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Scott Westerfeld ganhou minha simpatia assim que eu li Feios (já citado no blog) pela primeira vez. E procurando mais sobre o trabalho dele, fui lendo outros livros que ele lançou e o cara não me desapontou.

Ele manda MUITO bem!
Hoje, vou falar sobre outra série de livros que ele escreveu: Midnigthers.

Ao ser muda com sua família para a pacata cidade de Bixby, Oklahoma, Jessica Day nem imagina os segredos ocultos que se escondem por baixo da fachada de cidade do interior. Jessica nota que a cidade é diferente quando descobre que há um toque de recolher e lendas urbanas sobre uma chamada Caverna das Serpentes.
Mas o que Jessica vira a descobrir sobre Bixby está longe de tudo o que ela poderia ter sonhado.

Quando em uma noite chuvosa Jessica acorda à meia-noite e um silêncio perturbador paira sobre sua casa e a cidade, ela descobre a ‘Hora Azul’.
O que torna Bixby diferente de todos os outros locais é que o dia lá tem 25 horas. Dentro da meia-noite há uma outra hora onde todos os habitantes da cidade ficam congelados no tempo, exceto os ‘Midnigthers’, crianças que nasceram exatamente à meia-noite e que combatem criaturas das trevas que se alimentam de seres humanos.

Apesar do susto inicial, Jessica descobre um novo mundo e também descobre que não está sozinha nele. Junto com ela mais 4 adolescente podem ‘viver’ dentro da Hora Azul e cada um tem uma habilidade especial na luta contra as tais criaturas chamadas Darklings e/ou Slithers.

Desdemona ou Dess para os íntimos, é a Matemática. Ela trabalha com números como o próprio nome de tratamento já diz. Dess sabe a numerologia perfeita para afastar Darklings e criar armas (sempre de metal) com nomes que tenha 13 letras ou sejam múltiplos de 13.

Rex Greene é o Vidente. Ele tem conhecimento sobre a história da cidade e da criação dos Darklings e Slithers, além de ser um ótimo pesquisador sobre como combatê-los.

Melissa é a Telepata. Como a própria referência de nome, Melissa tem o poder de ler mentes, o que é um tanto incomodo, visto que ela não consegue ter controle sobre o seu poder, sendo assim, é difícil lidar com os pensamentos egoístas dos adolescente na escola e etc. Além disso, Melissa não pode tocar outra pessoa, do contrário, ela absorverá tudo o que aquela pessoa já pensou ou passou na vida, além de passar seus próprios sentimentos e dores para a pessoa.
(As cenas que envolvem a habilidade de Melissa são incríveis de se ler e imaginar)

Jonathan Martinez, o Acrobata. Jonathan tem a habilidade de ‘voar’ dentro da Hora Azul. Não há gravidade para o Acrobata e ele pode ‘andar’ como se fosse na Lua. Dando passos longos e flutuando para assim se locomover em grande distância com velocidade.

O mistério do primeiro livro fica por conta da habilidade especial de Jessica (que não tem graça se eu revelar), mas juntos, os cinco adolescentes enfrentaram situações e criaturas além de assombrosas e descobrirão que há muito mais segredos do que se pode esconder dentro da Hora Azul.

Para quem gosta de ficção, eu recomendo e MUITO. A escrita do Scott é ótima e apesar das partes explicativas que são um pouquinho entediantes, Midnigthers é incrível.
São três livros ( A hora Secreta; No Limiar da Escuridão; Meia-noite Azul [Título Provisório, livro ainda não lançado no Brasil]) cheios de aventura, emoção e claro, aquela pitada de romance.

 

Amanda Galdino

(@_amandagaldino)